Palavras-chave: Contra
Baixo, História, Fender, Baixo Elétrico, Jazz Bass, Viola Bass, Precision Bass,
Fretless Bass, Timbre
Por: Afonso Brade
(baixista da Banda Os Juls)
Fala Galera, hoje falarei um pouco sobre meu amado
instrumento, o baixo.
No início da década de 50 os baixista sofriam com seu
instrumento que era de difícil transporte e muito sensível por ser feito de
madeira, o contra baixo talvez alguns
não saibam mas originalmente é assim:
Este
contra baixo é usado em orquestras , e em diversos tipos de música, geralmente
tocado com o arco ou com os dedos mesmo. Mas como eu disse devido ao sofrimento
dos baixista e a verdadeira necessidade do instrumento ser mais prático, o técnico em eletrônica Leo
Fender, começou a trabalhar num protótipo de baixo elétrico pois acreditava que
o baixo deveria ser tocado como a guitarra, com uma correia junto ao corpo. O Fender Precision foi o primeiro baixo elétrico
desenvolvido e lançado no mercado americano no início da década de 50.
Fender Precision
Ele
tem este nome, Precision, porque no braço dele ele possuía os trastes, que
permitia que os músicos achassem as notas facilmente e com precisão, diferente
do tradicional que você não tem trastes. A resposta da marca "Gibson"
ao Fender Precision foi dada em 1953 com baixo "Viola bass" , mais
tarde a marca Hofner fez uma cópia do Gibson e este Viola Bass Hofner foi usado
por Paul Mccartney por muito tempo, e ficou extremamente conhecido, alguns nomeiam
este tipo de baixo como baixo violino. Um Baixo que eu pretendo ter um dia!
ehehhe
Paul Mccartney e seu Hofner Viola Bass nos tempos de Beatles
O
Jazz Bass foi lançado em 1960 como alternativa para o precision. Ele possui 2
captadores, tem a mesma escala que o precision mas tem o braço mais estreito na
pestana o que muitos músicos julgaram melhorar a tocabilidade do instrumento. Além de ser um baixo muito comum usado por músicos da atualidade o Jazz Bass tem circiuto passivo e timbre muito próprio.
Jazz Bass
Baixo
ativo "Music Man"
Depois de vender sua companhia Leo Fender ajudou a desenvolver outra lenda, o contrabaixo Music Man. Depois criou uma nova empresa na qual a estrela da companhia era baixos com circuitos ativos.
Baixo Music Man
Contra
Baixo Fretless
Um
Baixo Fretless nada mais é do que um baixo em que se remove as trastes do
instrumento ( trabalho feito normalmente por um Luthier) o objetivo disso é
obter um som único, com um sustain longo e um timbre parecido com o do
acústico, que alias também não tem trastes como vocês viram. Também existem
guitarras fretless, mas estas são mais raras. Um baixista que tocar um baixo
fretless tem que ter um excelente ouvido pois sem as trastes a nota não é
precisa.
A
música " Hey You" do Pink Floyd é tocada com um baixo fretless, e
existem muitas outras. O ex-guitarrista do Red Hot Chili Peppers utiliza uma
guitarra fretless na gravação do álbum Blood Sugar Sex Magik.
Baixo Fretless
Diferença de Baixo com circuito Ativo e Passivo
O sistema ativo do Contra Baixo
( baixos ativos possuem uma bateria na parte de trás) foram criados para
resolver o problema de perda do sinal. Um baixo passivo pode sofrer perda de
sinal , por causa de cabos ou outras situações. O Sistema ativo do contra baixo
possui um circuito pré-amplificador bem próxima a captação, que lhe dá
condições de ter um sinal mais forte, assim o sistema ativo empurra o som com
mais força e também por ter mais ganho de saída as vezes é necessário ligar um
contra baixo ativo na entrada Low ( menos ganho ) do amplificador. Porém com
relação ao timbre o baixo ativo tem um timbre mais artificial, o que não agrada
músicos que curtem um som mais vintage.
Ai que mora uma grande diferença, os baixos passivos (como o modelo Jazz Bass
por exemplo, em que todos possuem captação passiva) tem um timbre muito próprio
que depende da sua construção, da madeira do braço, entre outros detalhes, seu
som é muito original, já um baixo ativo ( especialmente os baixos ativos
baratos) tem o som mais artificial, o que não agrada quem procura um timbre
mais vintage. Para compensar isso, as
marcas fizeram com que os baixos ativos tivessem uma grande variedade de opções
de timbragem e de equalização, para que os baixos ativos não perdessem mercado.
Dessa forma há no mercado excelentes opções de contra baixos tanto de captação
ativa quanto passiva, a escolha é muito pessoal e também depende muito do tipo
de som que você quer fazer.
Por: Afonso Brade
(baixista da Banda Os Juls)
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