quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Contra Baixo

Palavras-chave: Contra Baixo, História, Fender, Baixo Elétrico, Jazz Bass, Viola Bass, Precision Bass, Fretless Bass, Timbre

Por: Afonso Brade (baixista da Banda Os Juls)

Fala Galera, hoje falarei um pouco sobre meu amado instrumento, o baixo.
No início da década de 50 os baixista sofriam com seu instrumento que era de difícil transporte e muito sensível por ser feito de madeira, o contra baixo talvez alguns não saibam mas originalmente é assim:





Este contra baixo é usado em orquestras , e em diversos tipos de música, geralmente tocado com o arco ou com os dedos mesmo. Mas como eu disse devido ao sofrimento dos baixista e a verdadeira necessidade do instrumento ser mais prático, o técnico em eletrônica Leo Fender, começou a trabalhar num protótipo de baixo elétrico pois acreditava que o baixo deveria ser tocado como a guitarra, com uma  correia junto ao corpo. O Fender Precision foi o primeiro baixo elétrico desenvolvido e lançado no mercado americano no início da década de 50.


Fender Precision            


Ele tem este nome, Precision, porque no braço dele ele possuía os trastes, que permitia que os músicos achassem as notas facilmente e com precisão, diferente do tradicional que você não tem trastes. A resposta da marca "Gibson" ao Fender Precision foi dada em 1953 com baixo "Viola bass" , mais tarde a marca Hofner fez uma cópia do Gibson e este Viola Bass Hofner foi usado por Paul Mccartney por muito tempo, e ficou extremamente conhecido, alguns nomeiam este tipo de baixo como baixo violino. Um Baixo que eu pretendo ter um dia! ehehhe



Paul Mccartney e seu Hofner Viola Bass nos tempos de Beatles





O Jazz Bass foi lançado em 1960 como alternativa para o precision. Ele possui 2 captadores, tem a mesma escala que o precision mas tem o braço mais estreito na pestana o que muitos músicos julgaram melhorar a tocabilidade do instrumento. Além de ser um baixo muito comum usado por músicos da atualidade o Jazz Bass tem circiuto passivo e timbre muito próprio.


Jazz Bass


Baixo ativo "Music Man"

Depois de vender sua companhia Leo Fender ajudou a desenvolver outra lenda, o contrabaixo Music Man. Depois criou uma nova empresa na qual a estrela da companhia era baixos com circuitos ativos.

Baixo Music Man



Contra Baixo Fretless

Um Baixo Fretless nada mais é do que um baixo em que se remove as trastes do instrumento ( trabalho feito normalmente por um Luthier) o objetivo disso é obter um som único, com um sustain longo e um timbre parecido com o do acústico, que alias também não tem trastes como vocês viram. Também existem guitarras fretless, mas estas são mais raras. Um baixista que tocar um baixo fretless tem que ter um excelente ouvido pois sem as trastes a nota não é precisa.
A música " Hey You" do Pink Floyd é tocada com um baixo fretless, e existem muitas outras. O ex-guitarrista do Red Hot Chili Peppers utiliza uma guitarra fretless na gravação do álbum Blood Sugar Sex Magik.

Baixo Fretless


             Diferença de Baixo com circuito Ativo e Passivo

O sistema ativo do Contra Baixo ( baixos ativos possuem uma bateria na parte de trás) foram criados para resolver o problema de perda do sinal. Um baixo passivo pode sofrer perda de sinal , por causa de cabos ou outras situações. O Sistema ativo do contra baixo possui um circuito pré-amplificador bem próxima a captação, que lhe dá condições de ter um sinal mais forte, assim o sistema ativo empurra o som com mais força e também por ter mais ganho de saída as vezes é necessário ligar um contra baixo ativo na entrada Low ( menos ganho ) do amplificador. Porém com relação ao timbre o baixo ativo tem um timbre mais artificial, o que não agrada músicos que curtem um som mais vintage. Ai que mora uma grande diferença, os baixos passivos (como o modelo Jazz Bass por exemplo, em que todos possuem captação passiva) tem um timbre muito próprio que depende da sua construção, da madeira do braço, entre outros detalhes, seu som é muito original, já um baixo ativo ( especialmente os baixos ativos baratos) tem o som mais artificial, o que não agrada quem procura um timbre mais vintage. Para compensar isso, as marcas fizeram com que os baixos ativos tivessem uma grande variedade de opções de timbragem e de equalização, para que os baixos ativos não perdessem mercado. Dessa forma há no mercado excelentes opções de contra baixos tanto de captação ativa quanto passiva, a escolha é muito pessoal e também depende muito do tipo de som que você quer fazer.


Por: Afonso Brade (baixista da Banda Os Juls)


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